Identificar as pessoas, os animais, os objetos e os lugares, sempre foi uma necessidade humana. Quando você nasce, ganha um nome. Ao se locomover para algum destino, diz o nome do lugar, e assim por diante.
Os nomes têm como função básica a identificação e, principalmente, a individualização. O nome ajuda a dar personalidade às coisas.
No universo das marcas, o nome tem essa mesma função de identificar e tornar única uma empresa, diante das 18 milhões de outras empresas existentes no Brasil.
Escolher o nome é o primeiro passo para criar e construir a identidade da marca. A construção de marca, ou como muitos dizem hoje, o branding, depende muito da boa escolha do nome. Um nome poderoso é fundamental para obter uma marca poderosa.
No marketing, a atividade de criar, definir e controlar a identidade verbal – junção do Nome, tom de voz e slogan – é chamada de Naming.
Como você pode ver, a escolha do nome para uma empresa vai muito além do gosto pessoal de seu criador. Deve ser analisado com a devida importância e pensado estrategicamente, considerando os vínculos e associações que poderão ser criados na mente das pessoas, o alinhamento com o propósito da empresa, a fonética que pode variar de região para região e interferir na pronúncia e lembrança da marca, além da facilidade de compreensão e originalidade.
A pesquisadora e semioticista Clotilde Perez, em seu livro Signos da Marca (2204), diz que “o nome é um designativo, um sinal, que prenuncia um caminho, dá uma ideia, nos leva, muitas vezes, a um entendimento prévio a respeito daquilo a que estamos nos referindo. Da perspectiva mercadológica, é a parte da marca constituída de palavras ou letras que compreendem uma designação usada para identificar e distinguir as ofertas da empresa e as dos concorrentes”.
Nesse processo criativo, existem classificações com direções que podem ser seguidas na criação do nome. Caminhos que servem de guia para a escolha. Veja quais são:
1. Nomes descritivos
São os nomes que apresentam de forma sintética os atributos ou benefícios da identidade da empresa. Exemplos: Volkswagen (carro do povo, em alemão), Amor aos Pedaços, Natura, Burger King e Bombril.
2. Nomes simbólicos
Nestes casos, os nomes fazem alusão à empresa mediante uma imagem literária construída. Exemplos: Nike (nome inspirado em Níkē, deusa grega da vitória) e Mitsubishi (três diamantes, em japonês, representando resistência e preciosidade).
3. Nomes patromínicos
Nomes que fazem alusão à empresa mediante o nome próprio ou o sobrenome de uma personalidade-chave da mesma: dono, fundador, familiar etc. Exemplos: Ferrari, Disney, Ford e Nestlé.
4. Nomes toponímicos
Os nomes toponímicos estabelecem uma ligação com o lugar de origem ou a área de influência da empresa. Exemplos: Pão de Açúcar, Morumbi Shopping, American Airlines e Santander.
5. Contrações
Nestes casos, é criada uma construção artificial que pode ser mediante iniciais ou fragmentos de palavras. Exemplos: 3M, Fedex (contração de Federal Express) e Sadia (contração de Sociedade Anônima Concórdia).
6. Nomes inventados.
Criações originais que não encontram na língua um sentido prévio. Geralmente, busca-se na fonética uma forma de representar o produto ou apenas para dar mais sonoridade. Exemplos: Pepsi, TicTac e Zoomp.
Se você gostou desse texto e quer saber mais sobre como o branding pode ajudar sua marca, fale com a gente.
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